Transtornos Motores
Introdução
Conforme estipulado pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria, os transtornos motores representam condições que impactam o controle e a coordenação dos movimentos corporais, acarretando dificuldades na execução de atividades físicas e tarefas do cotidiano.
Os transtornos motores são subdivididos em cinco grupos, dos quais destacam-se:
Transtornos do Desenvolvimento da Coordenação (TDC): O TDC é caracterizado por atrasos identificáveis no desenvolvimento das habilidades motoras e na coordenação dos movimentos, resultando em um desempenho abaixo do esperado para a faixa etária. Exemplificando, uma criança com TDC pode ter dificuldades para amarrar os sapatos, pegar objetos com precisão ou realizar atividades como brincar em circuitos de obstáculos.
Transtornos do Movimento Estereotipado: Essa categoria engloba movimentos motores repetitivos e impulsivos. Por exemplo, um indivíduo com esse transtorno pode constantemente balançar as mãos ou agitar os dedos diante do rosto, dificultando a concentração em tarefas acadêmicas ou sociais.
Transtornos de Tique: Os transtornos de tique são caracterizados por movimentos motores ou vocalizações súbitas e repetitivas, que ocorrem de forma recorrente. Como exemplo, uma pessoa com Transtorno de Tique pode manifestar tiques motores, como piscar os olhos ou encolher os ombros, ou tiques vocais, como repetir palavras ou produzir sons guturais. Em alguns casos, palavras socialmente inaceitáveis, como palavrões, podem ser enunciadas involuntariamente.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico geralmente envolve uma avaliação médica completa, incluindo histórico médico, exame físico e, em alguns casos, testes adicionais, como exames de imagem (por exemplo, ressonância magnética), exames neurológicos e testes genéticos. A avaliação visa identificar os sintomas, determinar a gravidade do transtorno e excluir outras causas possíveis.
Além disso, com avanços constantes na área médica e terapêutica, há uma série de tratamentos eficazes disponíveis para melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade dessas pessoas. A abordagem de tratamento ideal pode variar dependendo do tipo e gravidade do transtorno, mas muitas opções estão disponíveis, incluindo terapia física, ocupacional e da fala, medicamentos, intervenções cirúrgicas e tecnologias assistivas.