Transtorno do Espectro Autista

Introdução

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba uma ampla variedade de condições no desenvolvimento neurológico, todas caracterizadas por características essenciais que podem se manifestar de forma isolada ou concomitante, a saber:



O TEA é classificado clinicamente da seguinte maneira:


Autismo Clássico: A gravidade dos sintomas varia consideravelmente. Geralmente, os indivíduos com autismo clássico tendem a focalizar-se em si mesmos, evitam o contato visual com outras pessoas e com o ambiente, podem apresentar fala, mas não a usam como meio de comunicação. Eles enfrentam dificuldades em compreender nuances da linguagem, como metáforas e duplos sentidos. Nas formas mais graves, podem demonstrar uma completa falta de interações interpessoais, manifestando-se como crianças isoladas, com dificuldades no desenvolvimento da fala, ausência de contato visual, repetição de movimentos estereotipados e deficiência mental significativa.


Autismo de Alto Desempenho (Síndrome de Asperger): Pessoas com essa forma de autismo enfrentam desafios semelhantes, mas em menor grau. Eles geralmente dominam a habilidade da fala e são frequentemente notavelmente inteligentes, às vezes sendo confundidos com gênios devido às suas habilidades excepcionais em áreas específicas.


Distúrbio Global do Desenvolvimento sem Outra Especificação (DGD-SOE): Indivíduos dentro do espectro do autismo apresentam dificuldades na comunicação e interação social, mas seus sintomas não se encaixam em nenhuma das categorias específicas do transtorno, o que torna o diagnóstico mais desafiador.


Recentemente, o autismo deixou de ser considerado uma condição rara, afetando uma em cada 2 mil crianças. Pesquisas atuais indicam que uma em cada cem crianças, ou possivelmente mais, pode ser diagnosticada em algum grau do espectro, sendo mais prevalente em meninos do que em meninas. O transtorno normalmente se manifesta nos três primeiros anos de vida, quando as conexões necessárias entre neurônios responsáveis pela comunicação e relacionamentos sociais não se desenvolvem adequadamente.


Diagnóstico


O diagnóstico é, essencialmente, clínico e baseia-se em sinais e sintomas, seguindo os critérios estabelecidos pelo DSM-IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pela CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS), levando em consideração o comprometimento e o histórico do paciente.


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