Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade

Introdução

O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico crônico que se caracteriza por desatenção, hiperatividade e impulsividade, e geralmente é identificado na infância. Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o transtorno afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar, sendo mais prevalente entre meninos. As dificuldades enfrentadas pelas crianças com TDAH estão relacionadas à dificuldade de concentração nas atividades propostas e à agitação motora, tornando prejudicado o desempenho escolar.


De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o TDAH pode ser classificado em três tipos:


TDAH com predomínio de sintomas de desatenção: Nesse tipo, as crianças tendem a ser desatentas, com dificuldade em manter o foco nas tarefas. Elas podem frequentemente perder objetos, esquecer compromissos e ter dificuldade em seguir instruções.


TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade: Aqui, as crianças demonstram alta atividade motora e impulsividade, agindo sem pensar nas consequências. Elas podem ser impulsivas em suas ações e reações, interrompendo os outros e tendo dificuldade em esperar sua vez.


TDAH combinado: Os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade estão presentes em graus significativos, o que torna o diagnóstico mais desafiador, uma vez que a criança apresenta características de ambos os tipos anteriores.


Diagnóstico e tratamento


Para que o diagnóstico seja efetivo, deve ser realizado por profissionais especializados e basear-se em critérios específicos. Os sintomas do TDAH devem manifestar-se na infância, antes dos sete anos, em pelo menos dois ambientes diferentes (como em casa, na escola, etc.), por um período mínimo de seis meses. Esses sintomas também devem causar desajustes e alterações comportamentais que afetam o relacionamento e o desempenho do indivíduo em diversas situações.


O diagnóstico, embora esteja presente desde o nascimento, muitas vezes torna-se mais evidente nos primeiros anos de escolaridade. O processo diagnóstico segue critérios estabelecidos pelo DSM-5.


Além disso, o tratamento do TDAH envolve uma abordagem multidisciplinar. Inclui psicoterapia para auxiliar o paciente no desenvolvimento de estratégias de autogestão e medicamentos psicoestimulantes. Crianças com TDAH podem requerer o acompanhamento de uma equipe de profissionais de saúde e educação, devido aos desafios pedagógicos e comportamentais associados a este transtorno.


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