Como identificar a neurodivergência na criança?

Na neurodiversidade, as pessoas que apresentam o que terminologicamente se conhece como os transtornos do neurodesenvolvimento comumente definidas pela área da saúde, são geralmente identificadas  como  pessoas  atípicas,  sendo  os  que  não  têm  tais  diagnósticos  as  pessoas  típicas.  A  utilização das terminologias típico e atípico pode ser observada com uma fundamentação no paradigma da neurodiversidade ainda é muito recente no nosso país.  (ANDRADE VIANA, MANRIQUE; 2023).


Quais os sinais de uma criança neuroatípica?


É possível observar os sinais de alerta desde cedo e, para isso, é preciso observar se o bebê ou a criança apresenta algum comportamento diferente do esperado para sua idade. Observando a presença destes sinais na criança, é possível dar início aos acompanhamentos e tratamentos necessários, a fim de garantir qualidade de vida para ela.


Os sinais de alerta para uma criança ser considerada neuroatípica podem variar dependendo do tipo de transtorno do neurodesenvolvimento envolvido. No entanto, baseando nos critérios diagnósticos do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5 (DSM V), alguns destes sinais de alertas comuns podem incluir:



Nos casos de bebês neuroatípicos, os sinais são especialmente notados por meio de dificuldades de socialização e atraso na aprendizagem. O tempo para começar a responder ao nome, rolar, engatinhar, caminhar, falar, pode variar de criança para criança. No entanto, é importante observar e fazer sempre o acompanhamento com profissionais qualificados  (especialista), como um pediatra ou um neurologista infantil. 


E, devido à grande potencialidade de desenvolvimento e neuroplasticidade dos bebês, recomenda-se que os pais estejam atentos e busquem formas de intervenção e estimulação constantes em casa, a qualquer sinal de atraso do desenvolvimento, orientados por profissionais da área da saúde especializados na temática da neurodivergência: psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e etc.


Bibliografia


ANDRADE VIANA, E. de .; MANRIQUE, A. L. . A neurodiversidade na formação de professores: reflexões a partir do cenário de propostas curriculares em construção no Brasil. Boletim GEPEM, [S. l.], n. 76, p. 91–106, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/199. Acesso em: 3 out. 2023.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.
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